Cardiologista afirma que medicina integrativa é o futuro para manter a saúde e a qualidade de vida
O dia nacional de combate a hipertensão traz a luz uma série de discussões que voltaram às rodas medicas. Será que somente medicamentos resolvem os problemas de pressão arterial? Alimentação e suplementação podem ser indicados para todos os pacientes? Quando interferir no tratamento tradicional?
A resposta é simples e objetiva, a medicina avançou de tal maneira que hoje é impossível falar em tratamento de doenças como a hipertensão sem pensar em uma equipe multidisciplinar. “Só a suplementação não tem como resolver, afinal a doença é multifatorial, incluindo fatores genéticos, é muito importante que a pessoa mude o estilo de vida”, afirma a cardiologista dra. Nicolle Queiroz.
A medica ainda acrescenta que a medicina integrativa, com base em colocar o paciente no centro dos cuidados, como um parceiro, é o que vai garantir a qualidade de vida dele, “A medicina integrativa veio para fazer com que o paciente seja o agente transformador, nós somos aliados, vamos juntos participar ativamente da saúde como um todo, e isso agrupa tudo, alimentação, medicamentos, suplementação e atividade física”.
Na cardiologia a suplementação tem sido a grande chave para diversas descobertas. Essa semana o FDA (Food and Drug Administration), que é o órgão regulador americano, como a ANVISA é para o Brasil, aprovou a suplementação de Magnésio para o tratamento da pressão arterial. A regulamentação da substância foi uma resposta a uma petição de alegação de saúde apresentada em nome do The Center for Magnesium Education and Research, LLC. A petição solicitou que o FDA autorizasse uma alegação de saúde sobre a relação entre o consumo de magnésio e um risco reduzido de pressão alta. Depois de analisar a petição e outras evidências relacionadas à alegação de saúde proposta, o FDA determinou que a totalidade das evidências científicas apóia a relação entre magnésio e um risco reduzido de pressão alta em alimentos convencionais e suplementos dietéticos.
O centro de educação americano afirma que somente nos Estados Unidos no último ano morreram mais de 500 mil pessoas por conta de doenças coronarianas. Cardiopatas que faziam uso de medicamentos caríssimos, que poderiam inclusive afetar outros órgãos. O centro afirma que se estes pacientes utilizassem a suplementação como aliada aos medicamentos, inúmeras mortes poderiam ser evitadas. Para a Cardiologista Dra. Nicolle a dieta moderna e industrial pobre em magnésio pode sim causar esta epidemia de doenças cardíacas no mundo de maneira geral, “Uma dieta balanceada, rica em legumes e verduras, frutas e peixes, preparados com pouco ou nenhum sal, a base de especiarias, favorecem a absorção do magnésio pelo organismo”, acrescenta.
A médica afirma que o coração e os vasos sanguíneos precisam de magnésio para se manterem saudáveis. No entanto, esse nutriente de vital importância é inadequado em muitos alimentos processados, justamente quando o estilo de vida estressante exige mais. Os efeitos de uma baixa ingestão de magnésio podem ser agravados pelos altos níveis de gordura, açúcar, sódio (sal) e fosfato nas dietas, bem como, ironicamente, pelo uso excessivo de suplementos de cálcio, que se tornou generalizado devido à conscientização do valor do cálcio para a saúde óssea.
Estudos clínicos apontados pelo The Center for Magnesium Education and Research, LLC mostraram que a subnutrição crônica de magnésio tem consequências diretas tanto para o coração quanto para os vasos sanguíneos, como: Arritmias (ritmos cardíacos irregulares) e taquicardia (batimentos cardíacos muito rápidos), atividade elétrica anormal no coração, arteriosclerose (enrijecimento e inflexibilidade dos vasos sanguíneos), constrição das artérias e espasmos nos vasos sanguíneos, pressão alta, angina (dor no peito devido a doença cardíaca), distúrbios da válvula cardíaca, como prolapso da válvula mitral, formação de coágulos sanguíneos dentro dos vasos sanguíneos, o que pode levar a um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral. E por fim, infarto do miocárdio devido a doença cardíaca isquêmica, que é fluxo insuficiente de sangue oxigenado para o coração, e está associado a muito cálcio e magnésio insuficiente nas células do coração.
“Evitar a morte súbita por arritmia ou infarto é o que mais tratamentos em consultório, buscamos analisar cada sintoma individualmente com medicamentos, cirurgia ou ambos. O resultado é uma perseguição de alta tecnologia e cara aos sintomas que podem evitar a morte, mas não restauram a saúde. Seria muito melhor prevenir grande parte dos danos causados por doenças cardíacas tratando a deficiência de magnésio que está por trás de todos os seus sintomas, dando ao corpo o nutriente simples que ele precisa para corações e vasos sanguíneos saudáveis. Por este motivo reafirmo a importância que hoje a medicina integrativa tem para manter a qualidade de vida de cada paciente”, complementa a dra.
Fatores como obesidade e sobrepeso pioram a doença coronariana. Então, alimentação é fundamental.
E por falar em alimentação, um novo estudo descobriu que o alho preto envelhecido em cima da orientação dietética reduz a pressão arterial em homens com colesterol e pressão moderadamente elevados.
“Os potenciais efeitos benéficos do alho podem contribuir para a obtenção de uma pressão arterial ideal”, mas foram “melhor observados em homens e em populações cujas pressões não eram ideais”, escrevem os pesquisadores no estudo, publicado na Nutrients.
O estudo foi realizado aleatoriamente com 67 indivíduos com média de idade de 53 anos, e que apresentavam alterações nos níveis de pressão e colesterol. Eles receberam um comprimido de alho negro ou placebo diariamente por 6 semanas. Após um período de 3 semanas, os grupos foram revertidos e a nova intervenção continuou por mais 6 semanas. Os participantes receberam recomendações dietéticas em relação aos fatores de risco e tiveram seus hábitos alimentares avaliados por meio de um registro alimentar de 3 dias na linha de base e após 6 semanas durante ambos os tratamentos. A queda da pressão arterial foi observada significativamente após as 6 semanas do consumo do extrato de alho negro.
“Suplemento e alimento tem que entrar 100% das vezes, ajuda sempre como o próprio estudo aponta e diminui a necessidade de medicações. Mas desde que seja incorporada na rotina do paciente, uma mudança de fato no estilo de vida”, finaliza Dra. Nicolle Queiroz.
Dra. Nicolle Queiroz
CRM 151348/ RQE 78584
Diretora clínica na Clinica Dra. Nicolle. Médica pela Universidade de Mogi das Cruzes. Cardiologista pela Santa Casa de São Paulo, Título de especialista em cardiologia pela SBC/AMB. Aprimoramento em cardiologia do Esporte pelo instituto Dante pazzanese/Idpc. Aprimoramento em clínica médica pelo hospital IGESP/IBEPEGE. Cardiologista no Hospital São Camilo. Membro do corpo clínico do hospital Albert Einstein e Hospital São Luiz. Coach de alta performance, treinadora de corações ansiosos por transformações e mudanças de vida, Dra. Coração!
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Instagram: @dranicolle / @clinicadranicolle
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